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ONU acusa Israel de atacar outra escola em Gaza e matar 15 civis



A ONU acusou Israel de matar 15 civis e ferir cerca de 90 em outro ataque a uma de suas escolas usadas como abrigo na Faixa de Gaza. O diretor da AgĂŞncia das Naçþes Unidas de AssistĂŞncia aos Refugiados da Palestina (UNRWA), Robert Turner, informou que pelo menos trĂŞs projĂŠteis atingiram o local na manhĂŁ desta quarta-feira, que abrigava cerca de 3.300 pessoas no momento do ataque. De acordo com o ExĂŠrcito israelense, uma investigação preliminar aponta que soldados teriam disparado contra militantes em resposta ao lançamento de morterios de locais prĂłximos da escola. ApĂłs reiterados apelos da ONU, Israel anunciou nesta quarta-feira uma trĂŠgua humanitĂĄria de 4 horas em Gaza. "O ExĂŠrcito autorizou uma trĂŠgua temporĂĄria na Faixa de Gaza. Esta trĂŠgua serĂĄ aplicada das 15h Ă s 19h (horĂĄrio local) e nĂŁo serĂĄ aplicada Ă s zonas onde os soldados estĂŁo atualmente engajados em operaçþes", afirmou em comunicado. Disparos de tanques atingiram em cheio duas salas de aula da escola da ONU, situada no campo de Jabaliya. Entre os mortos estĂŁo um mĂŠdico e um bebĂŞ. Segundo Turner, as Naçþes Unidas informaram o ExĂŠrcito israelense sobre as coordenadas da escola 17 vezes, a primeira em 16 de julho e a Ăşltima Ă s 20h48 (horĂĄrio local) na terça-feira. Estamos na cena, coletamos provas, verificamos a trajetĂłria e temos certeza de que era fogo de artilharia israelense, afirmou o diretor da UNRWA ao jornal "New York Times". Muitos civis palestinos se refugiaram nas escolas da UNRWA, especialmente em Jabaliya, apĂłs a advertĂŞncia do ExĂŠrcito de Israel sobre a possibilidade de bombardeios em massa contra seus bairros. No total, mais de 200 mil palestinos estĂŁo refugiados, em condiçþes muito precĂĄrias, em 83 escolas e prĂŠdios geridos pelo principal ĂłrgĂŁo de ajuda da ONU em Gaza. Essas pessoas estavam nessa escola porque tinham sido advertidas pelo ExĂŠrcito israelense para saĂ­rem de onde vieram, acrescentou Turner. A agĂŞncia reconheceu que tinha encontrado um esconderijo de foguetes em uma escola, mas nĂŁo culpou nenhuma facção em particular. O porta-voz do ĂłrgĂŁo, Chris Gunness, condenou os responsĂĄveis ​​pela ação ao pĂ´r em perigo as pessoas. "Condenamos o grupo ou grupos que puseram em perigo os civis com a colocação destas muniçþes em nossa escola. Esta ĂŠ outra violação flagrante da neutralidade de nossas instalaçþes. Apelamos a todas as partes no conflito a respeitar a inviolabilidade da propriedade da ONU", disse Gunness em um comunicado. No dia 24 de julho, um disparo de artilharia atingiu outra escola da ONU na Faixa de Gaza, em Beit Hanun, matando cerca de 15 palestinos. O ExĂŠrcito israelense negou sua responsabilidade no incidente.