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Mulher faz dois abortos para não dividir marido com ninguém: " posso saciar esse amor com bolsas de grife"

Uma mulher britânica ficou grávida do marido duas vezes e, em ambas gestações, abortou os bebês para não ter de dividir o marido com as crianças. Rowena Shrimpton, de 49 anos, se casou com Roger quando tinha apenas 21. Ela nunca quis ser mãe e, para isso, usa regularmente a pílula anticoncepcional, mas elas falharam por duas vezes. 
Em entrevista ao Daily Mail, a mulher confirmou que abortou duas vezes, por não querer dividir seu amado com nenhuma outra pessoa. “Enquanto os outros podem me acusar de insensibilidade e de ser egoísta, não me arrependo porque acredito que o resultado desses dois abortos tem sido uma relação extremamente feliz”, disse.
Ainda segundo a mulher, o casal conversou sobre filhos logo após o casamento e, juntos, decidiram que não seria uma boa ideia. "Um bebê, nós concordamos, mudaria a dinâmica de êxtase de nosso relacionamento", explicou Rowena. “Tinha o cuidado de tomar a pílula, mas deve ter falhado. Eu me senti traída e furiosa. Esse sentimento de proteção e amor materno que as pessoas falam não aconteceu comigo. Eu vi a gravidez como um erro, algo que nenhum de nós queria", admitiu. 
No regrets: Rowena, now 49, doesn't wonder what life might have been like if she'd had children
Além da preocupação em dividir a atenção do marido, a britânica disse que uma gestação poderia deixar o seu corpo deformado, o que poderia diminuir o desejo de Roger. “Foi uma coisa horrível de passar, mas nenhum de nós vacilou na determinação. Depois, tive um sentimento de alívio de que poderíamos voltar à nossa vida feliz como um casal”, relatou ela, epxlicando como foi a ida dos dois a uma clínica de aborto.
Rowena chegou a pedir ao médico que a deixasse infértil, mas ele se negou. “Vi amigos tendo filhos e como isso mudou a dinâmica do relacionamento deles: os olhares suaves compartilhados, segurar as mãos, o desejo. Tudo parecia evaporar no minuto em que a mulher teve um bebê. Normalmente, a mulher ficava em casa, sua atenção totalmente focada em seus descendentes, enquanto o marido – sentindo-se negligenciado - criava uma nova vida social para si e, inevitavelmente, acabava encontrando alguém". 
Ao fazer o segundo aborto, Rowena teve as trompas cortadas para impedir que ela voltasse a ter uma nova gestação. Para ela, isso não fará falta. “Também posso saciar o meu amor por bolsas de grife: tenho dezenas", disse a britânica.
Embora não se arrependa, ela não contou sobre o aborto para quase ninguém. “Sabia que muitos amigos iriam ficar com raiva de mim, especialmente aqueles que não foram capazes de ter as próprias crianças", disse ela, que fez questão de garantir que nunca pensa nas crianças abortadas e não se arrepende do que fez.
“Tenho que ser honesta e dizer que só uma vez pensei sobre como a vida teria sido se tivesse filhos. Há 20 anos, estava segurando a mão da filha do meu melhor amigo enquanto atravessávamos uma estrada. Sentindo os dedos dessa pequena criança entrelaçados nos meus, de repente estava com sentimentos maternos. Por uma fração de segundo, me perguntei se estava errada, que a maternidade seria maravilhosa. Então, pensei sobre as implicações, que significaria partilhar Roger com outra pessoa, então afastei o pensamento". Hoje, o único medo de Rowena é que Roger morra antes dela. “Como é que eu posso viver sem ele? É algo que simplesmente não posso suportar pensar".
*Correio